quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Child of Eden, Mother of Letdown

Olha a ironia. Tirei a exclusividade de "games" do blog e o primeiro post após a introdução é sobre o assunto. Mas vamos lá.

Quem me conhece sabe que sempre defendi o Kinect. Tipo "po, é SDK aberta, era mais um testing grounds pra Microsoft lançar o 2.0, os indies usaram ele pra coisas que uma corporação é incapaz de pensar..." (tá, eu nunca disse isso, mas era o gist de uma das minhas defesas). A outra era "como não tem jogo hardcore? E Child of Eden?"

Pois é. Eu tenho Child of Eden há quase uns dois anos. E nesse tempo todo defendia o jogo, fazia propaganda, dizia que é "massa pra caralho"... Mas sabem? Eu sempre tava bêbado quando joguei CoE. Aliás, não só CoE, mas sempre que joguei Kinect. E hj... Hj resolvi joga-lo sóbrio.

...

Joguei a primeira fase, que já joguei dezenas de vezes bêbado. Foi divertidinha. Descansei os braços e parti pra segunda. Lembrava que mesmo bêbado, já achava esta meio chata (e bêbado nunca passei dela, BTW). Joguei e fui um pouco além do que costumava ir bêbado, então morri. Eu gosto de um desafio. Eu gosto de jogos difíceis, jogos aonde vc morre, fica com raiva e diz pro jogo "ah é, então vamos ver, motherfucker", e tenta de novo. Claro, digo mentalmente, pq se começasse a conversar com o videogame era melhor me rotular de esquizofrênico e me internar de uma vez. Como se eu não tivesse problemas psicológicos o suficiente.

Mas enfim... não tive vontade de continuar. Eu fiquei entediado com o jogo. Não tava difícil de verdade. E nem divertido de verdade. O Kinect se perdia todo na hora que eu trocava os tiros (que é feito abaixando uma mão e levantando a outra), eu ficava um tempão sem nada pra atirar e até o aspecto ritmico, que fez de Rez¹ um sucesso, é extremamente fraco. Resultado: morri uma vez, desliguei o Kinect, desliguei o Xbox e vim pra internet ralhar.

No fim, CoE, e o Kinect como um todo, me desapontaram muito hj. Tá certo que nunca fiquei exatamente empolgado com as alegadas features do 2.0, mas elas não me incomodavam. Sou um comprador de X1 em potencial (TITANFAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAALL), mas começo, como muita gente antes de mim, a questionar o quanto o 2.0 é invasivo, sendo que seu percursor só serve pra fazer videogame party. Com muito álcool².

Moral da estória: joguei Kinect sóbrio pela primeira vez na vida. E tudo o que ele fez para mim foi dar vontade de encher a cara.

¹Conhecimento lvl 99: Rez foi feito por Tetsuya Mizuguchi e foi muito bem recebido pela crítica e pelo público. Assim como seus outros dois grandes hits, Lumines e Meteos (ambos puzzlers ritmicos; Lumines é um tédio, mas só falar em Meteos me deu vontade de procurar o DS). CoE também é um jogo dele, aclamado pela crítica mas recebido com mixed reactions pelo público. Se eu tivesse saco de postar no Metacritic (é, não tenho saco pra isso mas tenho saco pra escrever 300 mil linhas sobre o assunto), seria um dos que baixaria a média do jogo.

²Falem o que quiser, extreme videogame party sem álcool só a Nintendo proporciona. E não to falando do Wii, isso vem desde o N64.

4 comentários:

  1. Respostas
    1. Super Smash... BROTHERSSSS!!!
      Ah, tardes de ressaca, Coca-Cola e Cheetos...

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  2. "extreme videogame party sem álcool só a Nintendo proporciona"

    Discordo. A nintendo é quem domina essa área, mas não é monopólio: jogos como All Zombies Must Die também dão aquele mesmo feeling nostálgico pré-multiplayer online, em que tu pode olhar pra cara do animal que acabou de roubar aquele item que tu precisa enquanto tu xinga ele =P

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    1. Hahaha point taken. And I miss our zombie-killing afternoons.

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